quinta-feira, janeiro 22

D´us essa criatura imaginária...




Quando o Júnior quer que acreditemos numa história qualquer inverosímil, jura por D`us.

A avó Livi fica normalmente lívida e diz-lhe que isso não se faz, que se queremos mentir não devemos fazê-lo em nome do Senhor. A ter que mentir pelo menos que se jure por um cão, um gato, enfim um animal...

Ele, o Júnior fica chocado com a sugestão da avó, quer lá colocar em risco a vida de um ser vivo se pode simplesmente jurar por uma entidade que não existe.

O Júnior nunca leu A Grande Arte de Rubem Fonseca, nada sabe sobre o anão negro Zakkai e as suas histórias de palrador empolado mas se por qualquer motivo se encontrassem já teriam dois pontos em comum.

O Júnior tal como o anão Zakkai gosta de palrar sem parar e fazer apelo a seres imaginários em horas de aperto e assim prefere em caso de alguma história que conte com uma relação distante com a verdade jurar por D'us que a história é verdadeira.

O anão Zakkai, e estou a citar, ao contar uma das suas histórias que envolve uma mulher monumental diz que naquela situação concreta de aperto apelou à D'us porque gosta de trazer para o mundo real pessoas inventadas, seres do mundo da fantasia.

Mas o Júnior, apesar de não ter lido o livro A grande arte começa a dar mostra de conseguir dominar a "a grande arte" de contar uma história qualquer, inacreditável e exagerada, de forma a que pareça credível e natural.

E vocês bisbilhoteiros do caraças, se querem perceber do que estou falar leiam o livro pá!

PS: Tu não, Júnior, amigão que ainda não tens idade...