Este ano, por motivos profissionais, sigo de perto uma campanha de Natal de recolha de brinquedos, vestuário e equipamento para crianças carenciadas.
Tudo, como é evidente, dentro de Espírito de Natal.
As pessoas dão imensas coisas e sentem-se bem por isso. Acham que fizeram a sua boa acção anual mas em muitos casos limitam-se a esvaziar a casa ou a arrecadação de toda a tralha que juntaram durante anos.
Que generosidade será esta em que se dá aquilo de que se não precisa? Em que não se dá como se gostaria de receber...
O que se passará pela cabeça de um pessoa quando entrega uma cadeira bebé, para automóvel, tão suja que nem para cesto de cão vadio serviria?
E o que dizer da entrega de bonecos tipo "doudou" tão cheios de nódoas e porcaria? Os exemplos são muitos.
Para que houvesse verdadeira dádiva os artigos seriam entregues limpos, impecáveis. Usados mas tratados como se estivessem prontos para receber mais um bebé lá de casa. Acho eu.
Eu não gosto do Natal.
Até porque ele nem existe.
Começou por ser o dia-a-dia de uma linda roedora de forte temperamento, a Dulcineia. Este blogue perdeu o norte com a sua morte até que o Jonas, o peixinho que não é dourado tomou conta dele. Quando o peixe preto se foi, o Papagaio Gaio marcou o início de uma nova era, a era do animal com pena. Tivemos pena, pois tivemos porque durou pouco e bateu a asa.E quando o blogue estava deserto de almas sarcásticas, eis que por ironia do destino o Jonas passou a publicar do além. Até hoje!
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1 comentário:
Jonas, na verdade generosidade é dar aquilo que precisamos... não o que não precisamos. Mas enfim.
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