(E não, não é pela morte do Saramago. E não, não vou dizer que é uma enorme perda para Portugal. Perda porquê? A obra está aí. Os últimos livros eram uma espécie de "Saramago para principiantes" e o homem não era nenhum botão de rosa ainda por desabrochar! Tinha quase noventa anos e chegou a hora dele, aliás essa história de a sua morte ser uma grande perda para o país, estivesse ele vivo, e não deixaria ele próprio de ironizar à fartasana.)
Este blogue está oficialmente a meia haste porque o Jonas morreu.
O Jonas morreu depois de três dias a agonizar.
Mas foi o mais resistente dos peixes ao mal do aquário. (Ainda não percebi o que se passou!)
Foi o último a bater a barbatana como ele próprio diria.
Mas já andava doente há algum tempo e nem se deu ao trabalho de publicar a morte do Laranja.
Deixou algumas notas a meio e uma conta de facebook que não sei muito bem o que lhe fazer.
Deixou principalmente saudades.
Era um peixe do caraças e por esse motivo nunca consegui censurar aquilo que ele escrevia como era meu hábito fazer com a Dulcineia.
Via em mim aquilo que a Dulcineia nunca conseguiu ver de e de certa forma libertou-me desta vidinha.
Quero também dizer que o Jonas existia, era real. Muitas vezes era mais verdadeiro do que eu.
Para aqueles que não acreditavam que os relatos dos Jonas eram crónicas vividas venho aqui dizer que tudo o que ele relatou se passou...se bem que não exactamente como ele viu.
Estou oficialmente orfã de animal de estimação. E não, não é uma metáfora!
:(
PS: Jonas, meu querido peixinho preto de olhos salientes e vidrados, já sinto falta das tuas gargalhadas cheias de malandrice.
Começou por ser o dia-a-dia de uma linda roedora de forte temperamento, a Dulcineia. Este blogue perdeu o norte com a sua morte até que o Jonas, o peixinho que não é dourado tomou conta dele. Quando o peixe preto se foi, o Papagaio Gaio marcou o início de uma nova era, a era do animal com pena. Tivemos pena, pois tivemos porque durou pouco e bateu a asa.E quando o blogue estava deserto de almas sarcásticas, eis que por ironia do destino o Jonas passou a publicar do além. Até hoje!
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